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FIG foi um sucesso e provou que a cultura é segura!

A 11.ª edição do FIG - Festival Internacional de Gigantes, que decorreu na vila de Pinhal Novo, de 2 a 4 de julho, foi um sucesso, comprovando que é possível continuar a promover a oferta cultural na atual situação de grande adversidade, cumprindo todas as condições de segurança para espetadoras/es, artistas e todas/os as/os trabalhadoras/es que tornaram o Festival possível.

Com lotações limitadas, os espetáculos esgotaram, contando com 4 mil espetadoras/es em lugares marcados, para um total de 25 espetáculos, três exposições e um debate, com entrada gratuita. Esta edição contou com a participação de 181 artistas de várias companhias de artes circenses e tradicionais, músicos e bailarinas/os, cerca de 70 trabalhadoras/es e uma dezena de voluntárias/os.

Face ao contexto de pandemia, o FIG adotou, este ano, um modelo descentralizado, com a programação a decorrer em nove recintos circunscritos na vila de Pinhal Novo, onde foram salvaguardadas todas as regras sanitárias.

Destaque, na abertura, para o momento simbólico de evocação e agradecimento a Rui Guerreiro, que faleceu recentemente e foi um dos pensadores e criadores quer dos Bardoada, quer do Festival. De destacar também o encerramento de excelência do Festival, com o espetáculo musical do grupo “Criatura”, com 400 lugares marcados, que sublinhou a importância de resistir e defender os hábitos e práticas culturais, superando o medo.

O Presidente do Município de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, que interveio na abertura do FIG, realçou que as circunstâncias excecionais em que esta edição do Festival foi organizada «sendo desafiantes, também nos ajudam a criar, inovar e encontrar soluções». «A responsabilidade é não só a de quem ousa fazer, provando que é possível fazer em segurança e em respeito pelas normas sanitárias em vigor, mas também de quem não quer deixar desvanecer as artes e a cultura», destacou, lembrando que «esta não é uma matéria dispensável», porque «a cultura acrescenta valor e faz falta ao ser humano».

Álvaro Balseiro Amaro considera que a descentralização do programa «acabou por ser estrategicamente bem pensada», porque permitiu «ir ao encontro de zonas que não são centrais e onde algumas pessoas tenderão a não se deslocar, dados os condicionalismos que existem».

O FIG foi uma organização da Câmara Municipal de Palmela, Bardoada - Grupo do Sarrafo, ATA - Acção Teatral Artimanha, PIA - Projectos de Intervenção Artística e Associação Juvenil COI, com o apoio de várias entidades.